Não importa que ardesse
quanto tivemos, não importa
este rasto de ruínas
que o tempo nos vai deixando à passagem;
nem importa já sequer que o mundo em volta
seja um largo campo de derrotas.
São tuas mãos a casa; teus olhos, o desvão
onde crescemos esperando-nos;
e teus lábios a página
onde se escuta o ruído
da infância, a voz dos saguões
e o rumor dos pátios.
Pedro A. González Moreno
Sem comentários:
Enviar um comentário