terça-feira, 28 de fevereiro de 2017




Dai-me outro verão nem que seja
de rastos, um verão
onde sinta o rastejar
do silêncio,
a secura do silêncio,
a lâmina acerada do silêncio.
Dai-me outro verão nem que fique
à mercê da sede.
Para mais uma canção.


Eugénio de Andrade, Silêncio, in Rente ao Dizer








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