segunda-feira, 7 de maio de 2018




É quando a chuva cai, é quando
olhado devagar que brilha o corpo.
Para dizê-lo a boca é muito pouco,
era preciso que também as mãos
vissem esse brilho, dele fizessem
não só a música, mas a casa.
Todas as palavras falam desse lume,
sabem à pele dessa luz molhada.


Eugénio de Andrade




1 comentário:

  1. Perde-se olhar na beleza desta imagem...os sentidos soltam-se na vertigem das palavras e da música.Tudo se completa.Perfeito.

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