quinta-feira, 8 de junho de 2017





Como te defendes de mim.
Como resistes,
lá da torre da ausência,
agitando o lenço para sempre,
sem forma nem cor,
fumo apenas,
aérea e rígida na tua nuvem,
dizendo adeus ao mundo e a meus braços,
morta, levíssima.
Como te defendes de mim.
Como, no fim, me derrotas
e me sepultas, também a mim,
na cova sem flores do esquecimento,
onde meus ossos não saibam
da tua cobardia.


Luís Alberto de Cuenca,
Como te defendes de mim








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