segunda-feira, 6 de março de 2017




Vem dos lados do rio, as mãos fresquíssimas, 
algumas gotas de água ainda nos cabelos.
Com a manhã chega o anónimo respirar do mundo. 
Um cheiro a pão fresco invade o pátio todo.
Vem dos lados do rio: 
para levar à boca, ou ao poema.


Eugénio de Andrade, Com a Manhã





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