sábado, 18 de fevereiro de 2017






Como é belo seu rosto matutino
Sua plácida sombra quando anda 

Lembra florestas e lembra o mar 
O mar o sol a pique sobre o mar 

Não tive amigo assim na minha infância 
Não é isso que busco quando o vejo 
Alheio como a brisa 
Não busco nada 
Sei apenas que passa quando passa 
Seu rosto matutino 
Um som de queda de água 
Uma promessa inumana 
Uma ilha uma ilha 
Que só vento habita 
E os pássaros azuis 

Alberto de Lacerda, in Exílio










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