terça-feira, 1 de novembro de 2016






A gente se encostava no frio, escutava o orvalho, o mato cheio de cheiroso, estalinho de estrelas, o deduzir dos grilos e a cavalhada a peso.
Dava o raiar, entreluz da aurora, quando o céu branquece. 
Ao o ar indo ficando cinzento, o formar daqueles cavaleiros, escorrido, se divisava.
E o senhor me desculpe, de estar retrasando em tantas minudências. 
Mas até hoje eu represento em meus olhos aquela hora, tudo tão bom; e, o que é, é saudade.


João Guimarães Rosa, Saudade
Grande Sertão: Veredas









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